Soluções inéditas de inteligência comercial são apresentadas às empresas goianas no
3° Encontro Internacional de Comércio Exterior
Cerca de 300 pessoas participaram nesta quinta-feira, 22 de maio, do 3° Encontro Internacional de Comércio Exterior, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), por meio do Conselho Temático de Comércio Exterior (CTComex) e Centro Internacional de Negócios (CIN). O evento ocorreu na Casa da Indústria com a presença de representantes de empresas e de agências governamentais especializadas em comércio exterior, além de embaixadores e conselheiros de 10 embaixadas. A co-realização foi da Secretaria de Indústria e Comércio (SIC) do Estado de Goiás e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Goiás)
A apresentação do painel Instrumentos de Acesso ao Mercado abriu o evento com a exibição das vantagens para as empresas em aderir ao Brasil Welcome Office, um programa criado pela Agência de Exportação e Investimentos Estrangeiros da Valônia (AWEX), da Bélgica, que consiste em oferecer escritório gratuito e serviços de consultoria para o desenvolvimento de negócios brasileiros na Europa. A gerente do Brasil Welcome Office, Marina Silva Santos, destacou que hoje 90% das empresas assessoradas são de micro e pequeno porte. “A Europa tem se interessado bastante pelos produtos agroalimentares brasileiros e Goiás demonstra possuir muito potencial para suprir essa demanda. Viemos pela primeira vez a este encontro justamente para ajudar as empresas goianas que querem abrir suas portas para o mercado internacional”, afirmou.
Outra apresentação do painel foi do cluster Wagralim, também da Bélgica e que possui escritório no Brasil instalado na cidade de Curitiba (PR). O agente de Negócios da Wagralim, Olivier Fain, explicou que o principal objetivo do cluster é estimular parcerias entre institutos de pesquisas, universidades e empresas brasileiras e belgas para a execução de projetos de inovação tecnológica do segmento agroalimentar. “Atualmente, estamos com projetos em andamento nos estados do Paraná e São Paulo, mas acreditamos muito na participação de Goiás porque é um mercado a ser explorado. As empresas e instituições daqui podem se beneficiar no desenvolvimento de tecnologias ainda inéditas, tendo auxílio em financiamento para seus projetos e tecnologia belga, em parcerias que contribuam para agregar mais valor a seus negócios e torná-los mais competitivos”, ressaltou Olivier Fain.
Já o analista de Políticas e Indústria da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Felipe Spaniol veio ao Encontro para falar sobre os novos serviços de inteligência comercial que a Fieg oferecerá aos empresários, como: identificar clientes no exterior, formação de preços para exportação, análise do mercado-alvo, entre outros. Felipe expôs ainda informações sobre a Enterprise Europe Network (EEN), rede de empresas composta por organizações de diferentes países, que busca aproximar tecnológica e comercialmente empresas e diferentes tipo de organizações.
O 3° Encontro Internacional de Comércio Exterior contou também com palestras sobre o cenário atual do mercado internacional e brasileiro. O economista Ricardo Amorim relatou que Goiás pode aumentar sua participação no comércio exterior se as empresas buscarem agregar valor a produtos que já têm aceitação fora do Brasil. “Um estado ou país que começa a exportar soja pode depois exportar carne de soja e, mais adiante, a refeição pronta. O Chile, por exemplo, há 20 anos era um grande exportador de uvas e hoje é de vinho. O Estado de Goiás, por uma série de razões tem uma vantagem competitiva enorme em toda a cadeia de alimentos. O que precisa é agregar mais valor e a alternativa para isso, no caso dos pequenos empresários, é buscar parcerias com quem já tem uma cultura exportadora e os auxiliem nesse processo”, disse.
Andrea Batazzi, que atua nas áreas de comércio e cooperação na Itália, ministrou palestra para expor as oportunidades que os empresários brasileiros encontram no mercado europeu. O especialista, que já acompanhou missões empresariais organizadas pela Fieg ao exterior, também defende a ideia de formação de parcerias para incrementar a entrada de empresas goianas no comércio exterior. Andrea acredita que não só as empresas do setor de agroalimentos têm chances no mercado internacional. Ele aponta também empresas que produzem granitos, mármores e outros materiais destinados à construção, e as que atuam na área farmacêutica e de cosméticos. “Nos últimos três anos, a participação de empresas de Goiás em uma das maiores feiras de cosméticos do mundo, que ocorre em Bologna, na Itália, é maior do que qualquer outro estado brasileiro. Isso mostra que empresas goianas desse setor estão em busca de meios para exportarem e vão à procura de plataformas, como os eventos internacionais para expandirem seus negócios”, afirmou.
3° Encontro Internacional de Comércio Exterior trouxe ainda na programação a rodada de negócios para empresários do setor de alimentos e bebidas ofertarem seus produtos para importadores da América Latina e Europa. Casos de sucesso em exportação foram apresentados pela empresa Neokoros, especialista em identificação por impressões digitais, e pela Bioline, que atua na área de saúde. O evento foi finalizado com um seminário de atração de investimentos, comandado pela Fieg, para os embaixadores.
“O nosso principal objetivo com o Encontro é promover conhecimento para as empresas perceberem que, não importa o segmento, um produto com boa qualidade e bom preço pode ser vendido em muitos mercados mundiais. O desafio é apresentar as empresas a esses mercados e é para isso que promovemos esse evento para mostrar aos empresários as entidades com os quais eles podem contar”, disse o presidente do Conselho Temático de Comércio Exterior da Fieg, Emílio Bittar.
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