Curta nossa página

Press Releases

Votorantim Metais - Niquelândia

Votorantim Metais e Teccom desenvolvem projeto de flexibilização de matriz energética
29/07/2014

O novo sistema implantado em Niquelândia (GO) permite a mistura de Óleo 1A e Coque de Petróleo com redução de custos na produção dos fornos de redução de minério de níquel

A Unidade Niquelândia da Votorantim Metais, instalada no Norte de Goiás, em parceria com a diretoria de Tecnologia e a empresa Teccom, especialista em tecnologia para combustão, desenvolveram um processo pioneiro de mistura de combustíveis sólidos e líquidos, que permite a flexibilização da matriz energética dos fornos de redução do níquel laterítico. O projeto, denominado Coque 500, possibilita a substituição de parte do óleo 1A por coque de petróleo, mantendo alto poder calorífico e reduzindo custos. 

A ideia de desenvolver o projeto de mistura de combustíveis, inédita no mundo, surgiu a partir do objetivo da Unidade Niquelândia de inserir o uso do coque nos fornos de redução para geração de gases redutores para extração do níquel. O coque já é usado em outros processos da Usina, mas a geração de gases com poder de redução até então só era possível com o uso do óleo combustível 1A. O coque, com poder calorífico da ordem de 8 mil kcal/kg, é atualmente considerado um dos combustíveis mais baratos do mercado, mesmo quando comparado ao óleo 1A, que tem poder calorífico de 9.650 kcal/kg. A partir dos excelentes resultados, foi depositada uma patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) como consequência de todo o trabalho realizado. 

O projeto
O Coque 500 teve início com a construção de uma planta para a fabricação da emulsão (mistura de combustíveis), com investimentos da ordem de 18 milhões de reais. Na primeira fase do projeto, a Unidade Niquelândia conseguia substituir até 15% do óleo 1A, porém, com grandes variações de processo. Para estabilizar o processo e aumentar a proporção de coque na emulsão, a Unidade fez uma parceria com a empresa Teccom para utilizar aditivos na emulsão, o que possibilita hoje substituir 38% do óleo 1A por coque de petróleo. O sistema possui dois tanques, sendo um de blendagem e outro de dosagem de combustíveis, com capacidade de fornecimento de 20t/h de emulsão.   

Além da redução de custos, a Votorantim Metais considera também como resultado positivo do projeto o fato do coque ser um combustível de baixo impacto ambiental e utilizado mundialmente como agente redutor na metalurgia de ferro e aço, além de atender aos segmentos de produção de carbetos, obtenção de cal, bem como em outras aplicações industriais. A queima de coque não gera resíduos sólidos e o monitoramento de emissão de gases realizado pela Unidade Niquelândia, no novo projeto, não detecta índices de emissões fora dos padrões legais.

Segundo o gerente-geral da Unidade Niquelândia da Votorantim Metais, José Maximino Ferron, com o Coque 500 foi possível flexibilizar a matriz energética da Seção 500 da planta industrial. "Aumentamos o número de fornecedores e as possibilidades de negociação de insumos de maneira mais eficiente e com maior controle de qualidade", explicou. Os combustíveis para geração de energia para a Unidade Niquelândia da Votorantim Metais representam grande parte do custo de produção da planta. “Além do projeto Coque 500, outros projetos de eficiência energética estão sendo conduzidos pela empresa para minimizar os impactos do elevado custo da energia no processo produtivo, sempre com foco na sustentabilidade do negócio", ressaltou José Maximino.

Óleos renováveis
Outros exemplos projetos de eficiência energética desenvolvidos pela Unidade Niquelândia da Votorantim Metais, em parceria com a diretoria de Tecnologia, são os testes realizados com óleos combustíveis vegetais. Em 2012, a Unidade começou a utilizar o óleo Bio BPF, elaborado com óleo de glicerina, que gera um poder calorífico de aproximadamente 7 mil kcal/kg. Em 2013, foram realizados testes em escala piloto com outros tipos de óleos renováveis a partir de uma parceria entre Senai-Cimatec, Votorantim Metais e Governo Federal. Um dos óleos que teve resultados promissores foi o Ecofire, derivado de sementes de algodão e outros grãos. Esse tipo de óleo possui poder calorífico de 7,6 mil kcal/kg, tendo custo ligeiramente mais acessível e mais alinhado com aspectos ambientais e de sustentabilidade, por se tratar de combustível de origem vegetal de fonte renovável. 

O Ecofire está em fase de testes industriais, sendo aplicado no funcionamento de quatro geradores de calor da seção 300 e também na seção 500. Os equipamentos têm a função de secar o minério extraído da lavra e de reduzir o níquel desse minério. “Se tivermos um bom aproveitamento com o Ecofire abre-se, a médio prazo, a perspectiva de ampliação do uso desse óleo no processo produtivo”, acrescentou José Maximino. 

 

Informações para a imprensa:
Oficina de Comunicação – (62) 3225-4899 
Sirlene Milhomem – (62) 8176-0297
Rosana Terra – (62) 8207-5297